Meu canto: território livre

Esse é meu canto onde livre vou descansar criando e compartilhando com quem estiver junto, sem a preocupação com costumes, conceitos ou regras de comportamento ou com opiniões de certo ou errado. Território livre. Onde as palavras não serão usadas para explicar nada, a arte será apenas contemplada e compartilhada. Que palavras? Que Arte? Qualquer uma. As que me der vontade de escrever ou citar com Liberdade! Quero soltar o verbo e exercitar meu momento e deixar fluir as sensações. Portanto se desejarem: leiam, olhem, comente; porém desarmados. Aqui ninguém sabe mais que o outro. No campo da palavra quanto mais lemos, ouvimos, pensamos ou refletimos; mais temos noção de não saber nada. Porque aqui podemos viver entre sonhos e delírios... CatiahoAlc.

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sábado, 9 de dezembro de 2023

Amantes amados

 



Hoje , mais que nunca precisava que sua boca estivesse colada a dele.
Que a respiração de um passasse para o outro.
Uma desnecessidade de roupas  separando um do outro.
Havia uma urgência tal de tornarem-se um só,
que nada preocupava mais do que  colados permacerem... até que o dia clareasse e suas vergonhas então ficassem expostas.
Não importava onde estavam.
Apenas que um ao outro tinha ao mesmo tempo que um no outro se satisfazia..
A vontade era tanta, que  parecia que nunca seria saciada...
quando achavam que terminado estava,
ai então é que ambos mais se desejavam...
e recomeçavam.
Assim foi  por todo escuro que os protegia...
não havia cansaço, havia uma dessas saudades que Clarice diz 
que só é saciada com
presença do outro.
Ela (Clarice) deve ter amado assim algum dia...penso eu.
Quando os primeiros raios do dia dia se apresentaram, amaram-se ainda mais uma vez,só que com ainda mais desejo e fervor, 
foi nesse momento que deixou uma marca em suas costas...
só perceberam depois ao se vestirem.
Tamanha fome que parecia  não fosse haver nenhuma outra vez...
Isso na verdade não importava.
Vestiram-se sem pressa, sem tirar os olhos um do outro outro.
Agora já compostos,  mais uma vez atiraram-se  ao que parecia o ultimo beijo.
Então, calmamente ela acertou sua gravata, realinhou sua camisa  verde musco e  bateu os pelos de sua calça de fibra; dessas  que nunca amarrotam.
Ele segurou o espelho para que ela se visse ao maquear-se.
Os olhos de ambos brilhavam de um gozo ainda á flor da pele.
Deram-se as mãos e seguiram ...
sim os dois,
mas ainda assim adoravam correr perigo juntos,
pois ah algo mais fascinantes que amantes
nus,
amando-se a luz da lua, cobertos pelo manto negro da noite
  acordados de seus delírios
 nada menos que pelos primeiros raios do dia?
Arrumados como manda a boa sociedade
 entram no mesmo carro
ainda trocar olhares e carícias até que ele
mais afoito diz:
Vamos continuar de onde paramos?
Ela gargalhando responde, na verdade
  gritando de felicidade
 mal se contendo:
Sim, nossa  casa, 
nossa cama nos aguarda !
                                            Seguem felizes e 
alucinados
como devem ser todos os amantes,
ainda que casados, 
eternos amantes...
magia da vida entre sonhos e delírios

Catiaho Reflexo d' Alma  02:48 1 de dezembro 010


Catiaho Reflexo d' Alma  02:48 1 de dezembro 010

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