A saudade era tanta,
mas tanta que simplesmente
parou de esperar por sua volta.
Cessou também de pensar em suas palavras,
essas sempre tão bem colocadas, que
era mesmo melhor não pensar.
De repente,
era como apenas um sonho fosse
e assim acontecido num ontem perdido bem la no
fundo da memória do
hoje que vivia.
As vezes,
mas só as vezes o peito apertava,
o pensamento, danado;
fugia sem controle
e ia brincar com algumas das lembranças
que danadas
cismavam de cirandar quando de olhos fechados.
Eram tão leves, assemelhando-se a susurros bem perto do ouvido,
causando suspiros inesperados, percebidos por quem perto
permanecia.
Assim o tempo, senhor que é;
passou ,
se não passou, tamanho o universo dos acontecimentos
que um após outro a cercavam,
que,
nem percebeu quando de subido,
presente se mostrou.
Sofrera desde sempre com ausências, mas
dessa vez espantou-se com leveza dessa saudade
que na boca,
guardara o gosto
pra não
esquecer; nunca
mais.
Reflexo d'Alma 03 de novembro de 010
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